Wednesday, May 31, 2006

DONA ANALITA E NÔ BARBEIRO


Dona Analita e Nô Barbeiro


"59 anos de convivência"

RENATO DOMINGUES DE CASTRO


Renato Domingues de Castro



Mãe: Wilma Gomes Domingues de Castro

Pai: Ailton Petrônio de Castro

Data de Nascimento: 26/08/92

Monday, May 29, 2006

A BELEZA E O ENVELHECIMENTO


A nossa sociedade é extremamente narcisista. Valoriza excessivamente a aparência. Como o ser humano está sempre buscando a juventude eterna, a beleza física, o valor dos atributos crescem de forma tão exagerada que o corpo supera a alma, levando-nos à idéia de que o culto ao corpo, como fator de atração, é que faz perseverar o amor.
Na verdade a vida é transitória e, o envelhecimento e a morte são provas inequívocas desta verdade absoluta.
O medo de ser feio tem conduzido aos exercícios físicos (o que aliás é saudável) e às cirurgias plásticas.
Há um pensamento em ser como determinado artista ou tal modelo.
Os nossos padrões culturais são miscigenados: o negro, o índio e o português, e os padrões que a sociedade considera são mais europeus e norte-americanos (louro, alto, olhos azuis).
Acreditar que a relação amorosa se mantém apenas com a superficialidade da estética é desvalorizar o companheirismo, a ternura, a capacidade de dialogar, o apoio e o respeito pela felicidade do outro. Ater-se apenas ao físico é não entender o processo inexorável da vida, que mastiga o tempo com dentes afiados, conduzindo a todos, indistintamente, à velhice.
Viver é envelhecer.
É importante cuidar do corpo, da higiene, da graciosidade e da flexibilidade. O que não devemos é reduzir uma pessoa humana apenas à sua apresentação física.
Valorizar a beleza física como a única forma de aproximação entre as pessoas é desconsiderar a alegria, o bom humor; astral para cima, pessoas entusiasmadas, simpáticas, espontâneas e felizes. E, ao contrário, fugimos de gente carrancuda, queixosa e de mau humor.
Um importante fator de admiração entre as pessoas é a “autonomia”. Apreciamos quem tem opinião própria e que se mostra determinado. Outro fator é a amabilidade (pessoas afetuosas e acolhedoras). A delicadeza e o carinho são virtudes que um também está procurando no outro em qualquer tipo de relação.


Conclusão: O aspecto físico pode gerar um relacionamento e até sustentá-lo por algum tempo, mas é insuficiente para a construção da vida, pois carece da energia do amor que é a expressão da alma.

Thursday, May 25, 2006

PELA VIDA E PELA PAZ

Recentemente lendo um artigo da missionária budista Monja Coen sobre a paz, fiquei comovido com a frase da mesma “SE A PAZ NÃO COMEÇAR EM MIM, NÃO COMEÇARÁ”. A autora foi de uma felicidade a toda prova, já que o desafio não gera paz; e sim as atitudes de harmonia respeito e compaixão. Sempre fui muito atraído pelo tema “PAZ” por considerar o rancor, a vingança e a demonstração de força, o próprio exercício da violência ativa.
Normalmente quando escrevo, penso no silêncio, no amor, no cumprimento, na partilha. Vejo a vida como uma grande casa de família, com a percepção de que somos um corpo universal, que precisa viver em cooperação, de forma amistosa, justa, plena e digna. Fico torcendo para que mais pessoas descubram este pensamento e o coloquem em prática para solucionar conflitos, promover a inclusão social, curar chagas pessoais, compartilhar a vida, preservar a natureza, enfim; celebrar a vida, ou seja, sou um apaixonado pela ação interativa de unir e não de separar.
Como todo ser humano sinto a dor da fome das crianças de todo o mundo. Fico triste com a proliferação de armas mortíferas. A desunião me dói, e aí fico interrogando onde está a nossa capacidade de abrir corações, onde a nossa real força de ser gente, de se comover?
Perambulo mentalmente pelo sentido contrário e visualizo o fruto doce na boca da criança, o fim das guerras, povos unidos, a cura de doenças, a vitória sobre a dependência às drogas, a eficiência do sistema de saúde pública, a esperança na mudança, no desarmamento.
Elaboro uma vida sem inimigo, sem me iludir “dizendo ser bom e o outro mau”.
Está na hora do despertar com discernimento, excluindo a ganância, a raiva e a ignorância. A maioria de nós demora perceber o próprio envenenamento.
Então o que fazer? Orar, meditar e trabalhar. Construir e aprender uma nova maneira de ser, um convívio onde a cultura seja da paz. Aprendendo a cada instante. Voltando o olhar para dentro. Examinando-se. Criando pela união uma rede do bem, com intensa reflexão, reaprendendo a amar o próximo.

O VALOR DA VIDA


Quanto vale a vida. Alguém saberia responder? Difícil.
Com o tempo a gente vai conhecendo a realidade e sentindo-a mais de perto, podendo garantir que tudo passa, é efêmero e transitório, inclusive a própria vida. Estas preocupações tomam maior espaço em nosso íntimo quando vamos perdendo pessoas que estão muito próximas da gente (um pai, uma tia muito querida, um amigo muito especial); e se avolumam, quando assistimos a atos terroristas em escolas, invasões unilaterais a outros países, catástrofes provocadas por fenômenos da natureza, a violência urbana numa escalada crescente, quase inacreditável (matou para roubar um celular, R$ 30,00), assassinatos arquitetados por filhos contra os próprios pais ou avós.
E o valor da vida, qual é?
Temos mais: atitudes absurdas, desumanas, frutos da gana pelo dinheiro levando pessoas ao raciocínio de que para se ganhar, ficar rico, vale tudo. Vale corromper e ser corrompido, pisar no próximo, humilhar os seus empregados, mostrar-se “esperto” (na verdade, fraudulento e matreiro); tudo para estar na crista da onda e mais tarde ser o mais rico habitante de uma bem florida e ajardinada necrópole (cemitério); quem sabe até o luxo de obter comentários de algum visitante dizendo assim (e apontando para o seu túmulo): “Este é o habitante mais rico deste cemitério.”
Há poucos dias ouvi uma entrevista na TV em que um Psicanalista afirmava que “a maior incompetência do homem é morrer rico”; isto porque para ele estava claro que o mesmo não soube, em vida, repartir com seus filhos ou familiares ou ainda foi totalmente insensível às diferenças e sofrimentos dos outros; deixando de adotar um Asilo, um Hospital, uma Creche, uma Escola e tantas outras possibilidades de aplicar o seu dinheiro em favor da humanidade (como em pesquisas científicas para a cura de tantas doenças).
É, caro leitor, por tudo isso que “prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.” Ser educado, bom ouvinte, humilde, modesto é o caminho certo. O grande jurista Sobral Pinto ao impetrar “hábeas corpus” contra a injusta prisão do Ex-Presidente Juscelino Kubstchek escreveu: “a roda da fortuna é versátil, os perseguidores de hoje poderão ser os perseguidos de amanhã”. Evidente está, que ele, àquela época, chamava atenção dos comandantes da Ditadura que se instalara no Brasil para o excesso de autoritarismo, para a arbitrariedade, o absolutismo, o caciquismo, o despotismo, a opressão e até mesmo para o exercício de uma velada violência.
E voltamos à pergunta: Quanto vale a vida? O que é melhor, o carinho, a afabilidade, o diálogo ou o poder passageiro de dispor pela força do impulso, movido pelo repente ou pela precipitação?
Assim, imbuído pelo sentimento religioso que envolve a espiritualidade, é que resolvi fazer esta análise comigo mesmo, para descobrir se vivo de acordo com a verdade que é comum a todos, desde os mais poderosos até o mais infeliz dos mendigos, ou se estou enganando a mim mesmo, esquecendo-me de estender a mão ao próximo, de abrir um sorriso ao vizinho, ou seja; se estou tendo a sabedoria de reconhecer que SER GENTE é uma aprendizagem constante.
Finalizo, consciente, que descobri ter muito a aprender. Tomara que Deus me proporcione esse tempo!



Tuesday, May 23, 2006

CORAÇÃO ALFABETIZADO

O relacionamento afetivo é o assunto de hoje, a bola da vez como diz o ditado popular.
A nossa vivência afetiva inicia-se com nossos familiares, depois vizinhos, amigos, professores e vai ampliando o leque de contatos até estarmos diante da sociedade, e finalmente de todo universo.
A princípio aprendemos a existência do mal e do bem, e que o erro é sempre do próximo, nunca nosso. E mais, ensinaram-nos também que há sempre a dualidade torturador (carrasco) e salvador; o que é um enorme equívoco.
Na verdade precisamos reeducar nossos sentimentos com fundamento na verdade de que, muito mais que imaginamos, somos responsáveis por nós mesmos.
A pessoa que se prende ao papel de vítima, quer seja do parceiro, quer seja da sociedade: culpa os pais, a falta de dinheiro, a ausência de sorte e a maldade alheia. Reclama, reclama, e assim permanece, não sai do lugar. Culpa a todos, menos a si próprio.
O que fazer então ?
Olhar para a realidade, agradecer as coisas boas, entender o que já nos foi ensinado, buscando sair da dependência, dando (novo) rumo à vida. Dignidade é o de que precisamos para assumir nossos erros, fugir da inércia, buscar o progresso e compreender que o medo é inerente ao ser humano (a falta de coragem não é algo incomum). Arregace pois as mangas e ponha literalmente a mão na massa. Pare de acusar os outros ou culpá-los por suas dificuldades e concentre sua energia em busca de melhorar a vida. Por isso, quando se pegar cobrando alguma coisa do próximo, lembre-se da missão de alfabetizar primeiro o seu coração.