Friday, October 26, 2007

O PERDÃO

Difícil, mas não é impossível. É deveras um tema interessante. Ao efetuá-lo em seu coração você pode não mudar o passado, mas é certo que estará engrandecendo o futuro. Se estamos nesse mundo para crescermos no plano espiritual... melhor acolhê-lo. Quanto mais depressa se oferece o perdão mais tempo vive-se em reconciliação.
É assim, escrevo sobre o perdão e talvez não saiba perdoar, mas vou teimar na prática desta ação, pois é neste momento que se precisa do próximo, às vezes do próprio ofendido.
O perdão induz à paz e ao término dos conflitos. Se Israel e a Palestina usassem a arma do perdão, até entre as próprias famílias haveria mais união.
O próprio Jesus pouco antes de expirar perdoou o ladrão que estava a seu lado. Então se Jesus é mesmo a essência do perdão, negá-lo ao próximo seria negar a própria existência de Jesus.
Jesus Cristo ainda foi mais longe, pediu ao Pai que perdoasse aos que lhe ofendiam.
Aproveito este momento para, de coração, se um dia alguém me entristeceu e mesmo que não tenha merecido, digo-lhe “o culpado sou”; e ao mesmo tempo quando me sentir acusado dentro do meu coração, dirijo-me até ao ofendido e “lhe imploro o seu perdão”.
Concluo que amar a quem nos ama a ninguém fará mal, mas o ideal é amar a quem de certa forma tenha nos ofendido.



Ailton Petrônio de Castro

Thursday, October 25, 2007

PEDIDO DE DESCULPAS

Primeiramente quero pedir desculpas por não ter conseguido em muitos momentos de minha vida, ter contido a minha vaidade. Mas Senhor! Só agora descobri os perigos deste embriagante sentimento.

O homem na ânsia de ser brilhante, atraente e poderoso vem sendo alimentado pela cultura do sucesso. Daí as guerras, dificuldades ambientais e até mesmo os pequenos problemas do cotidiano, são frutos da vaidade. No pensamento do homem não há espaço para o fracasso, temos que ser super (homens e mulheres), a realização pessoal só se efetiva através de conquistas materiais, roupas finas, aparência física, status social, carros de luxo e outras futilidades.

Bombardeamos nossas crianças e jovens com inúmeras atividades. O que vale é estar no pódio, é a riqueza e o status. Com conforto e um padrão de vida superior... matamos o outro de inveja, e então começamos com estas atitudes a negar nossa verdadeira condição humana.

É bom lembrar que perante a natureza ninguém tem poder.

A impressão que se tem é que o modernismo está orientado e obcecado pelo poder. Já não há mais o respeito à autoridade. A conduta sexual, mais livre, passa a ter mais importância do que os sentimentos. O exibicionismo é latente. As pessoas acham-se voltadas para sua própria imagem, embriagadas pela ânsia incontrolável do poder.

A meus filhos peço desculpas, pois somente agora percebi que também tenho que controlar minhas vaidades, porque só posso lhes servir como orientador se me constituir em uma fonte de bom exemplo.





Monday, October 22, 2007

MAIS DEVAGAR

Existe uma ansiedade generalizada, aqui estou como maior prova deste fato, apesar de sentir que a urgência não tem surtido efeito em meio a esta ânsia (correria).
Há um grande movimento no mundo tentando provar que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, curtindo seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.
A base de tudo reside no questionamento da “pressa” gerada pela “competição”, pelo apelo “à quantidade do ter” em contraposição à qualidade de vida ou à “qualidade do ser”.
A “atitude sem-pressa” não significa fazer menos, nem menor produtividade, significa fazer as coisas com qualidade e racionalidade. Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer e das pequenas comunidades. Do local, presente e concreto, acompanhado dos pequenos prazeres do dia-a-dia, da simplicidade do viver e conviver e até da religião e da fé.
Vamos lembrar do:
“Devagar se vai ao longe”
“A pressa é inimiga da perfeição”
É interessante perceber que em um momento se vive uma vida. O presente é mesmo o único tempo que existe. O tempo, todo mundo o tem por igual, são vinte e quatro horas por dia para todos igualmente.

É mesmo como disse John Lennon: “A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”.


Ailton Petrônio de Castro

Tuesday, October 09, 2007

QUANTO TEMPO TEMOS ?

Não é neste relógio que você acaba de olhar, a esta pergunta nem o mais sofisticado “suíço” responderia com precisão. Avaliar o nosso tempo de vida é impreciso, mas avaliar e reavaliar a nossa vida é preciso.

Todos nós temos problemas de relacionamento, depressão, violência, conflitos culturais e também temos problemas para pagar as contas no fim do mês.

A vida é cheia de surpresas: “a mulher sonha em se casar com um príncipe, mas acaba se casando (metaforicamente) com o cavalo do príncipe”.

Quanto tempo temos?

Depois que se tropeça na primeira pedra a solução é superar, reavaliar a situação e superar o medo. O medo de ficar só, de não retornar para a sua família.

Quanto tempo temos?

Na vida quando se sente o desafio entre os seres humanos, o trabalho terapêutico é fazer com que o homem e a mulher cresçam juntos, mas sem competição.

E aí quanto tempo temos?

Admitir que todo ser humano precisa crescer na própria condição de lidar com a questão da liberdade, da liderança, e da tomada de decisões. É uma realidade totalmente nova.

Quanto tempo temos?

Estar fazendo sucesso profissional ou feliz no exercício de faxina é uma questão a considerar. Sonhar com um príncipe que não vire sapo depois do primeiro beijo, requer muita maturidade e equilíbrio.

Lamentavelmente tem-se perdido o contato com o ser, as pessoas vivem para brigar (será que casam para brigar?).

Seria bom que tivéssemos planos melhores.

Será que como homens estamos sabendo lidar com a questão da emancipação da mulher? Quanto tempo temos?

Dizer que tanto o homem como a mulher deveriam administrar o tempo e os recursos de forma madura, tomando as decisões na hora certa. É FALAR O ÓBVIO!...

As manifestações de vingança, as manipulações e as atitudes precipitadas não são de bom tom para ninguém, pois no lugar disto deve estar a necessidade de ajuda por parte do homem ou da mulher.
Quanto tempo temos?

O homem sente-se na obrigação de ter respostas quando ele se sente acuado, e não sabe lidar com isto. Evidentemente que o homem precisa perder o complexo de super-herói e dizer que está sendo constrangido, provar, com exemplo de vida, o que realmente acontece. Existe uma predisposição do sistema em não acreditar no homem. E ele precisa dizer que o tratamento que está recebendo é inadequado.
Quanto tempo terá?

É preciso ter paciência e equilíbrio interior, virtude fundamental em qualquer relação; talvez seja o caso de não fazer uma faxina nas mansões dos ricos, mas sim dentro de nós, buscando sermos mensageiros de novas idéias, pois a verdade é que o passado se foi.

Descobriu quanto tempo você tem?...


Ailton Petrônio de Castro