Friday, October 30, 2009

PARA DECO

Há algum tempo venho tentando escrever algo sobre meus familiares. A vontade é muita, mas falta aptidão. Então a gente fala pela voz do coração. Hoje lembrei-me do Vanderlei (Deco para nós). A mente divaga e retorna ao tempo de criança, nossas “peladas” de futebol pelo Prata inteiro, ora aqui, hora acolá. Nosso tempo vivido no “Seminário Nossa Senhora de Fátima” (Ginásio Sant’Ana) em Itaúna, onde tivemos uma experiência em morar fora de casa aos dez anos de idade e ficar até um ano sem ver os familiares. Eu, mole como sempre, chorava de saudades quase todo dia. Mas valeu, vivemos um aprendizado de disciplina, organização, respeito ao próximo, que pode ter nos ajudado.
Voltando ao Prata pelos idos de 1963, Deco foi para Timóteo (morar com o Tio Arzelino e a Tia Ivone) e estudar Metalurgia, trabalhando por muitos anos na Acesita, onde exerceu cargos de chefia com muita seriedade e disciplina, obtendo respeitabilidade dentro da empresa, havendo ajudado diversos conterrâneos a serem admitidos na firma, encaminhando-os profissionalmente na vida.
Pois bem, neste período, casou-se com a Carmem (em 1974) resultando deste casório: Carla, Carime e Carlos.
Isto todos nós já sabemos, mas sobre Deco quero expressar a gratidão de nós outros (os irmãos), porque temos a consciência que a gratidão compreende sentimentos de fraternidade e companheirismo. É um sentimento que se frutifica, é uma emoção espontânea.
E é este sentimento que temos para com você: GRATIDÃO.
Você não faltou hora nenhuma em nossa vida familiar. Que bom! E ainda trouxe, junto ao ato de estar presente em tudo, outros sentimentos como amor, ternura, fidelidade e amizade.
Quando um filho serve aos pais ou um irmão ajuda aos outros, há um quê de nobreza no ato praticado.
Então você tem a alma nobre, porque há muito tempo descobriu que servir não tem contra – indicação. Basta amar.
É mano!... Estou, com a aquiescência dos outros, tirando o chapéu para você.
Você é motivo de orgulho para nós!

Ailton Petrônio de Castro

Wednesday, October 28, 2009

PARA LADA

Como sempre em alguns momentos da vida a gente perambula pelo passado e volta ao tempo de criança. É Bagdá..., como a chamava nosso avô Zé Luis (não se sabe o motivo), o tempo passou e hoje estamos ai; pais, avós, seguindo nosso caminho, espero que sempre juntos, principalmente no Natal, porque é como você mesma diz “a criação e a educação que tivemos não foi para nos distanciarmos um do outro, ainda que hoje não tenhamos mais a presença física de nossos pais”. Espero que nossos filhos e netos encontrem-se sempre no Natal, como forma de celebrar o nascimento de Jesus e o renascimento para a vida.
Falando um pouco do seu perfil, lembro-me que você ainda menina, já cuidava das coisas da casa. Pegou pesado, pois vieram quatro homens em seguida. Cansava de arrumar e a gente a atrapalhar. Formada foi lecionar na Zona Rural, ajudou mãe a cuidar dos irmãos mais novos e nas despesas financeiras da casa. Namorou pouco, gostava das músicas da década de sessenta e Moacir Franco era um de seus cantores preferidos. Casada, optou por cuidar do lar e educar os filhos junto com o sempre calmo e generoso Rafael. Hoje, todos formados e felizes, justos e equilibrados, estão trabalhando e participando junto com os pais das atividades comunitárias, sempre colocando os valores espirituais e humanísticos em primeiro lugar.
Não poderia deixar de agradecer a você e ao Rafael por terem nos recebido, pai, mãe e irmãos, em sua casa desde que se casou, quando algum de nós precisava de algo a ser feito em Belo Horizonte. Você sempre foi meio nossa mãe !
Que bom ter uma irmã como você!

Petrônio


Outubro/2009

Friday, October 16, 2009

MEUS PAIS EM FOZ DO IGUAÇU

A FAMILIA DE MINHA TIA ANALITA


Como descendente e integrante do grupo familiar propus-me a fazer uma pequena e justa homenagem.
Quando aqui cheguei, em 2006, o tio Nô já havia feito a travessia e a Tia Analita já estava no barco do Mestre que a levaria à “outra margem do lago”. Hoje lá está, acolhida e amparada pelo Pai Maior e por aqueles que amou e partiram antes, e esperavam para, juntos, regozijarem-se da paz e serenidade do Espírito livre, fraterno e amoroso, no Reino de plena luz, sabedoria e graça que o Pai preparou; já que um dia de lá partira, deveria voltar... e voltou!
A minha homenagem, portanto, é para os que aqui estão... saudosos, mas felizes por um dever cumprido a contento: Os filhos e filhas, e sua extensão familiar, que, unidos pelo amor, carinho e gratidão , souberam se equilibrar entre a oscilação da fortaleza e da debilidade, cuidando com atenção minuciosa e carinhosa, de cada situação expressa na vida de seus pais, Nô e Analita, bem como, em concomitância , de pessoas, parentes ou não, entidades, que necessitaram ou necessitam de alguma forma de auxílio, atenção.
A rigidez da criação, pedagogia contrária ao que se prega hoje na decadente educação, aliada às rédeas curtas e pulso firme da mãe, contrastou com a flexibilidade mais sensível do Pai vida afora, e as duas forças complementares, embora instaladas inversamente, na concepção psicológica e natural, foram relevantes na educação, formação, direção, e união familiar. Um por todos e todos por um...
Certa ou Errada pelo julgamento social, cada atitude tomada fora com a intenção primeira de corrigir, proteger, ensinar e direcionar cada filho ou filha, e todos juntos, na direção da sensatez, do respeito, do compromisso e da responsabilidade, qualidades essenciais a cada um, nas opções que fizessem a cada degrau que subissem na direção da “Terra Prometida”, sempre indicada pela “Estrela Guia” de cada filho ou filha.
Sei que nada fizeram ou fazem por um retorno, seja ele de aplausos, elogios, reconhecimento ou homenagem de qualquer natureza, mas faço-o voluntariamente, por sentir-me grata, abençoada e feliz por fazer parte de uma pequena comunidade familiar, amiga, receptiva, acolhedora, disponível e amorosa, fazendo bem, todo o bem para quem quer necessite!
O meu abraço e gratidão a cada um e a todos. Que as bênçãos da Trindade Una permaneçam em suas vidas, particulares e coletivamente!
Estendo essa homenagem aos funcionários, Maria Geralda, Edílson, e Dinha, pela amizade, pelo amor e carinho com que prestaram seus serviços.

Deus os abençoe!
Muito obrigada!

Helena Martins Pepino

Saturday, October 10, 2009

RESPOSTA A DR MARCO TÚLIO ( MEDICO QUE CUIDOU DE NOSSA MÃE)


Dr. Marco Túlio,

A grandiosidade de nós seres humanos, está no reconhecimento da nossa pequenez diante dos mistérios da vida. A vida por vezes, se nos revela incompreensível, injusta, sem sentido talvez, mas basta olharmos para o Alto e compreenderemos que o verdadeiro sentido da vida está no respeito ao ser humano, na amizade que da significado às relações, no amor que vem de DEUS e nos torna grandiosos, plenos, absoluto reflexo Dele aqui na Terra.
Nesses anos de convívio entre nossa família e o senhor nasceu o respeito e a amizade que são sinais do amor de DEUS na convivência entre os homens. Cabe a nós agradece-lo pela dedicação, compreensão e apoio durante todo este período. A nossa gratidão e o nosso apreço vem com um forte abraço e o desejo de que na vida, o senhor colha em dobro o carinho que dedicou ao nosso pai, a nossa mãe e a nossa família.
Muito obrigado e que DEUS abençoe ao senhor e a todos os seus.
Familiares de D. Analita
Outubro/2009

MENSAGEM DO DR MARCO TULIO


À família da querida Dona Analita,

Neste momento difícil, gostaria de externar meus sinceros pêsames à toda família. Apesar de participar da vida de vocês nos momentos talvez mais críticos, fico lisonjeado em tê-los conhecido. O carinho e o cuidado com que trataram de seus pais faz com que meu trabalho como médico tenha um significado mais especial. A vida é assim mesmo, tem fim. Mas, se é para ser assim, que seja com dignidade e amor. Vocês foram educados com essas qualidades e, desse modo, souberam retribuir aos seus pais.
Um grande abraço e que Deus os abençoe,

Marco Túlio Azevedo Tanure.
( Médico Neurologista - Hospital Madre Teresa e Biocor - BH- MG )