Monday, September 17, 2012

CASOS & CAUSOS

    O PECADO DA INGRATIDÃO

Conta uma lenda judia, que certa vez um homem foi condenado à morte. Na prisão, este homem foi acertado por muitas vezes com grandes pedras atiradas por carrascos. O réu suportou em silêncio o terrível castigo. Nenhum grito se ouviu dele. Na sua condição, compreendia que a desgraça havia caído sobre ele e que seus gritos de nada serviriam. 

Passou por ali um homem que havia sido seu amigo. Pegou uma pequena pedra e atirou na direção do condenado. Somente para demonstrar que não era do seu partido. O pobre condenado, atingido pela diminuta pedra, deu um grito estridente. 

O rei, que assistia tudo, ordenou que um dos seus lacaios perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido pela pequena pedra, depois de haver suportado sem se perturbar as grandes. 

O condenado respondeu: as pedras grandes foram atiradas por homens que não me conhecem, por isso me calei. Mas o pequeno seixo foi jogado por um homem que foi meu companheiro e amigo. Por isso gritei. Lembrei de sua amizade nos tempos de minha felicidade. E agora vi sua felicidade quando me encontro em desgraça. 

O rei compadeceu-se e ordenou que o pusessem em liberdade, dizendo: solte-o, mais culpado do que ele era aquele que abandonara na desgraça. 


Essa lenda demonstra a dimensão da dor que a ingratidão pode nos trazer, principalmente quando ela vem daqueles que mais amamos. Certa vez um poeta disse que a “ingratidão é um sentimento que floresce nos corações doentes.” 



De fato, a ingratidão é tudo aquilo que é contrário a compaixão e é bom de vez em quando, refletirmos se não estamos também, sendo ingratos com aqueles que nos amam incondicionalmente. E, se alguém estiver sendo ingrato com você não se entristeças, é melhor receber a ingratidão do que exercê-la em relação ao próximo. 

Por conseguinte, saibamos retribuir todo auxílio e dedicação que nossos amigos e familiares nos proporcionam; pois são eles, que nos ajudam na evolução e na caminhada de nossas vidas." (Jeremias Carvalho)

    Ao examinar este texto lembrei-me de um caso que uma amiga contou-me. Quando ela estava para casar-se,  o seu pai chamou-a e lhe disse: "Minha filha, o filho pode fazer qualquer coisa com os pais que eles sempre estarão por perto e perdoarão; podem ignorá-los, podem deixá-los  a sós na velhice, podem ser grosseiros e mal-educados, intolerantes, enganá-los;  e chegarem até ao absurdo da ingratidão. Agora peço-lhe que preste muita atenção ao que vou falar:  'Marido é diferente, ele nunca terá com você a tolerância, a paciência e a capacidade de perdoar que uma mãe ou pai teem. Não se esqueça disso nunca !...'