Wednesday, October 31, 2012

CASOS & CAUSOS

11 de novembro de 2012 - 55 anos do NACIONAL ESPORTE CLUBE

- Zé Bento:

     Faça sol, faça chuva 365 dias por ano Zé Bento está presente no campo do Nacional. Tornou-se parte da sua vida cuidar do patrimônio do Clube, sempre com muita humildade e um sorriso no rosto.

- Eduardo de Castro:
     
     De 1984 a 1994 Eduardo empreendeu a luta de levar o Nacional a campeão da Liga Monlevadense, e conseguiu o feito. Como é do seu temperamento dedica-se de corpo e alma a tudo que assumo; Além de cuidar do patrimônio do clube, cuidou da parte representativa junto à liga e até na CBF no Rio de Janeiro.

- Vicentinho:

     Há anos este batalhador é presença no clube. É aquela pessoa que a gente chama de "faz tudo". Cuidou do patrimônio, ficou em portaria, consertava o que estava estragado. Viveu anos a fio como um colaborador que na lista de chamada estava sempre presente.

- Manuelito Nunes Linhares:

     Filho de um dos fundadores do Nacional o saudoso Nonô Lelé. Não houve atividade ocorrida no clube sem que ele estivesse presente. Um guerreiro, a princípio "quarto-zagueiro", posteriormente atacante fazendo dupla com Vinícius de Sô Dodô. Raça, luta e suor pelo time. Nosso orador oficial nas comemorações pós-jogos.

- Didi Fernandes:

     Ele queria ser jogador de futebol, não o foi, mas foi um grande Presidente. Nô Barbeiro referia-se a ele como o "PRESIDENTE". Em tempos difíceis quando dirigiu o clube, construiu o túnel que dá acesso dos vestiários ao gramado sem contato com a torcida. Para falar a verdade nesta região o Nacional foi o primeiro clube com este tipo de segurança para atletas. Didi foi companheiro de Marcinho de Sô Inhô Gomes, Luis Pingota, Breno, Esperilzo, Zé Márcio, Geraldinho de Euclides no início do Estrela Vermelha que precedeu o Nacional.

- José Márcio Monteiro

     Futebolista nato, toque refinado, drible fácil. Onde havia uma bola de futebol, lá estava o Zé Márcio. Fundador do Estrela Vermelha com Sô Dito, Guta de Zé Mário, Bereco do Gandra, Dito da Farmácia, Peixinho de Sô Giácomo e outros. Era presente a tudo, jogava em qualquer posição que precisasse e ajudava o clube em tudo que podia.

- José Sérgio "Time"

     Beque para ter sido profissional. Herdou do Tio Esperilzo Lellis a categoria, a garra e a potência do chute. Perder para ele era inconcebível, e se isto acontecia, demorava-se a conformar. Formou com o amigo Reinaldo de Nô Barbeiro uma zaga de respeito no "Naça" por um bom tempo.

- José das Dores Damaia

     Apaixonado pelo futebol, tornou-se um cuidadoso lapidador de jogadores ainda meninos que frequentavam a Escolinha do Nacional. Eterno auxiliar técnico do técnico super-campeão João Bosco, também conhecido por Felipão do Naça. Presença significativa no esporte juvenil do clube.

- Marcinho de Sô Inhô Gomes

     Fundador do Estrela Vermelha que posteriormente virou Nacional. Formava com Silvestre de Da. Lalá e Breno Guimarães um trio inseparável. Seu pai foi também um dos fundadores do Nacional, além de ter sido Prefeito do Prata. Dono de uma habilidade incrível com a canhota, fez gols lindos pelo Nacional que chegaram a ser narrados pelo folclórico Chita irmão de Edil Patrício ( também apelidado de Ronaldo César ) e que gostava de reprisar os gols bonitos do Marcinho.

     Marcinho nunca abandonou o Prata e a bandeira do Nacional na janela de seu apartamento na Praça do Hospital é a senha de que ele está na Terra.

- Nô Barbeiro

     Adorava futebol. Americano em Minas e Vascaíno no Rio. Junto com Zé Recreio, Zé Rolla, Nonô Lelé, Sô Gico, Nonô Juca Martins, Zinho Drumond, Somiro, Sô Inhô Gomes, Zé de Barros, Quim de Zé Teófilo, Raimundo Evaristo , Nô Seleiro Santos Bonfá, Agostinho Santiago resolveram fundar o Nacional. Nô Barbeiro foi o primeiro Presidente do Clube e antes de qualquer outra coisa a idéia inicial foi construir o campo, a própria Sede.
     Por anos a fio acompanhou o clube sempre apoiado pelos filhos; e mesmo doente, com dificuldades para locomover-se vinha aos jogos e assentava-se em sua cadeira de rodas para desfrutar do seu maior prazer: "ver o Nacional jogar...".

- Joaquim Cascalho

     Esse é um personagem único. A gente tem saudades dele. Começou novo no clube, jogou em todas posições, para ele treino e jogo oficial não havia diferença, lutava e corria do mesmo jeito. Brincalhão, gozador, alegre, um caráter fora do comum. Podemos dizer que é uma unanimidade no Prata. Querido por atleticanos, nacionalistas, enfim, pelo povo do Prata.

Monday, October 29, 2012

CASOS, CAUSOS & ACASOS

PRATIANO DA GEMA


- Você já passou de carro no Morro do Pião;

- Certamente já foi a pé ao Gandra;

- Chupou picolé queimadinho feito por  Zé do Bar Semião;

- Já assistiu aos jogos entre o Nacional e o Atlético;

- Já acompanhou o Bloco do Sujo no Carnaval Pratiano;

- Jogou ping-pong no Salão Raio-x;

- Os três mosqueteiros na realidade são Barraco, Zé da Égua e Zé do Pão;

- Jogou sinuca no Barzin de Sô Zé;

- Dançou bolero no CRP;

- Assistiu missa com Pe. Antônio;

- Comprou pão na Padaria de Beto;

- Escutou Formiga contar histórias na barbearia;

- Viu Jarbas Barbeiro jogar futebol no Campo do Lava-Pés;

Friday, October 26, 2012

VIDA

A vida é o tempo que passamos entre o que pensamos e o que realmente fazemos.

BEST SELLER

O silêncio é o livro de leitura e interpretação  mais eficiente   que existe no mundo.

GENEROSIDADE

Quando a gente compreende o outro, torna-se menos exigente.

Thursday, October 25, 2012

CASOS, CAUSOS & ACASOS

O Gozador 

    Há algum tempo reencontrei-me com um ex-colega de faculdade, hoje professor e advogado em uma Cidade do Norte de Minas.

    Hugo Davino é um sujeito calmo, sereno, que a tudo responde com um ar solene e com um certo jeito de brincalhão, como quem zomba de si mesmo e da própria vida.

    Depois do cumprimento e de um abraço amigo,  perguntei:
    _"E aí como vão as coisas?"

    *"Tudo bem", ele me responde.

    Nesse instante, lembrei-me que em nosso tempo de escola, ele não era lá muito favorável ao casamento, e  argumentava : "ainda tem sogra..."

    Eu havia ficado sabendo que ele se casara já há algum tempo:

    _"Como vai o casamento?"

    *"Tudo ótimo, a gente está quase igual irmão!..."

    Ri com o seu espírito jocoso e retruquei  brincando :
    _"E com a sogra?"

   *"Já com a sogra, tenho um relacionamento do tipo Israel com a Palestina;  ou seja, um não reconhece a existência do outro!..."

Wednesday, October 24, 2012


Se você é Pratiano..
Vc não vê nada de estranho em uma montanha  em forma de baleia. 
Você já foi à pedra da Baleia ao menos uma vez!
Vc descobriu que a pedra da Baleia é a pedra do lado, aquela que vc vai é a pedra de salto de vôo livre
Você sabe quem é Zé da égua
Vc acha a maravilhosa vista panorâmica do alto do Bairro Cruzeiro a coisa mais normal do mundo. 
Vc sabe que Campo do Nacional é um campo e não um bairro. 
Você sabe que o verdadeiro nome do Campo do Nacional é Estádio Raimundo Evaristo
Quando alguma coisa é muito engraçada, vc racha os bico e diz: “Ao Gilóóó”
Vc sabe quando alguém grita: “Ao jilóóó!”, não significa que essa pessoa está vendendo Giló
Vc não tem shopping, por isso vai todos os sábados para a praça da Matriz para comer hambúrguer com os amigos
Vc sabe onde fica um dos melhores carnavais de Minas
Quando diz: "Vou atras da Igreja". Vc sabe que essa pessoa indo beijar na boca
Vc sabe o que é Cutucoria, Tentadores, Embriagados, Insaciáveis. Assim como sabe também que todo ano surgem grupos semelhantes!
Vc sabe que quando um amigo diz: "Vamos num rock nesse fim de semana?". Não é um show de rock e sim uma farra em algum lugar do Prata e com certeza embalada por musicas sertanejas
Vc sabe que a sua cidade é a única onde caminha de lixo toca musica
Vc sabe que o trailer do Bicola na verdade é de João Carlos
Vc sabe que Bar do Adriano e Bar do Ricardo é point de encontro infalível
Vc sabe da rivalidade(acho que acabou) entre Prata e Nova Era, mas não entende o porquê!
Vc acha que homens se vestirem de mulheres e vice-versa e irem para a Praça  na quinta antes do Carnaval é normal. (Fenômeno conhecido como BIOLÔ) [Comentário para quem não é do Prata: Biolô é um bloco que sai às ruas onde o ponto máximo são as pessoas fantasiadas.] 
Vc conhece o Zé Bode e sua nega maluca. Se não, já ouviu falae.
Assistir jogos da seleção ou jogos importantes do Galo ou do Cruzeiro no Vaguinho é típico. 
Quando alguém te chama e diz: “Vamos à Rua” , vc entende o que essa pessoa quer dizer. 
Vc tem um churrasco para ir todo final de semana. 
Vc já foi soltar papagaio no alto do Cruzeiro. 
Vc já andou de busão da prefeitura. 
Vc sabe que não existe Bairro Boa Vista de Cima e Nem Boa de Vista de Baixo [O Correto é Bairro Boa Vista-baixo- e Vista Alegre-de cima]
Vc sabe que Trailler do Maura e Trailer do Zé Maurício são coisas completamentes diferentes
Assim como vc sabe que Marcela e Emanuele são completamentes iguais
Francisco Rolla e Cônego João Pio fazem parte da sua infância. 
Vc sabe que “Peru” e “Butão” é um nome tão obsceno mas são pessoas das melhores qualidades
O dia 04 de agosto é feriado para vc. 
Vc sabe que “Vai rachando” é marca registrada de um homem chamado “Barraco”
Vc sabe que em época de política o pau-quebra literalmente, mas todos vivem em paz meses depois (ainda bem..)
Vc conhece o Selva e o Gandra. (Não é uma pessoa) 
Vc sabe que Dona Julieta é um bairro como os outros, nada além disso. E não é isso tudo.

 Se vc não entendeu absolutamente, bem-feito, vc não tem ou teve o prazer de morar em SÃO DOMINGOS DO PRATA! 

 Mas se vc entendeu pelo menos a metade.... Parabéns!!! Vc realmente é PRATIANO da gema!!!!!


Tuesday, October 23, 2012





UMA AULA DE RELIGIÃO

*Um jumento volta para sua casa todo contente, fala para sua mãe:

*- Fui a uma cidade e quando lá cheguei fui aplaudido, a multidão gritava
alegre, estendia seus mantos pelo chão... Todos estavam contentes com minha
presença.

*Sua mãe questionou se ele estava só e o burrinho disse:

*- Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.

*Então sua mãe falou:

*- Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
*Então o burrinho respondeu:

*- Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá...

*Quando retornou à aquela cidade sozinho, todos que passavam por ele
fizeram o inverso: maltrataram-no, xingaram-no e até mesmo bateram nele.

*Voltando para sua casa, disse para sua mãe:

*- Estou triste, pois nada de bom aconteceu comigo. Nem palmas, nem mantos,
nem honra... Só apanhei, fui xingado e maltratado. Eles não me
reconheceram, mamãe...

*- Porque isso aconteceu comigo?

*Sua mãe respondeu:

*- Meu filho querido, você sem **JESUS** é só um jumento ....

*LEMBRE-SE SEMPRE DISSO.




CASOS & CAUSOS

Mata - Mata

    A região do "João Antônio", "Tocos", em direção a "Gomes do Prata" era o que podíamos chamar de uma mata densa com árvores diversas, campos, ar fresco e  trilhas .   Animais como pacas, veados, antas e até capivaras despertavam o interesse dos caçadores que adentravam em busca da caça.

    Ao embrenharem-se nesta mata usavam uma técnica de acuar os animais com cães até que eles se refugiassem em uma área restrita ou covil para cercá-los, tornando-os presas mais fáceis.
    Posicionavam-se em linha vertical se a área fosse íngreme e os animais saiam correndo, então  um deles gritava: "Mata", ao que o caçador posicionado repetia "Mata".

  Esses gritos acabaram por denominar com o nome  "Mata-Mata" a Fazenda que foi, por anos, propriedade de meus tios e padrinhos: "Nezinho Gomes e Nem".

FILOSOFIA DA VERDADE

A veracidade dos fatos NÃO  nos permite que se doure a pílula para mascarar a realidade.

Monday, October 22, 2012

RUA E ESTRADA

DIFERENÇA : As ruas têm passeios e as estradas não. 

CASOS & CAUSOS

Acidente Vocabular

    A BR-262 atravessa o nosso Município desde a nossa divisa com Bela Vista de Minas até o Rio Doce, divisa com Rio Casca.

    Quando houve o asfaltamento deste trecho,  muitas vidas foram ceifadas, ora pela imprudência de motoristas, ora por descuido de pedestres.

    Lembro-me que certa vez, dirigia-me a João Monlevade, e perto do "Povoado do André" uma carreta bateu em uma pessoa, parece-me que um andarilho, jogando-o violentamente a grande distância, algo muito forte de se ver. Cheguei pouco depois, e encontrei pessoas alarmadas, nervosas, tremendo. Parei o carro, não nego,  também muito preocupado, quando fui verificar o que se teria de providenciar, chegou uma senhora que já me conhecia, perto de mim, e disse:

    _"Oh Petrônio, não precisa preocupar, já chamaram em Monlevade e eles vão levar o corpo pra fazer a "uessitop!..."

    Por uns segundos fiquei sem entender, pois o nervosismo também havia tomado conta de mim. Depois deduzi: "autopsia".

VIDA QUE SEGUE

Loucura odiar todas as rosas porque um espinho te feriu. Desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. Condenar todas as amizades porque um deles te traiu. Não crer mais no amor porque um deles foi infiel. Jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Lembre-se: sempre há outa chance, outra amizade, outro amor. Mas nunca outra VIDA.

NB : NÃO TENHO A AUTORIA

IGREJA

Um prédio com vitrais e um campanário não é obrigatoriamente uma Igreja.

FILME DA VIDA

Esperar para sempre.

RAZÃO

Não quero ter a razão, só quero ser feliz.

PERDÃO

A vingança nem sempre é a vitória da justiça, mas apenas a repetição da tragédia.

VINGANÇA

Dar troco como vingança não traz nada de volta. Os por quês ( ? )  continuarão. Troco não se dá na mesma moeda, e sim na moeda do bem.

VIDA

Se você olha para o abismo, o abismo olha para você. Não queira isto para sua vida pois ninguém é totalmente bom, nem totalmente ruim.

CASOS & CAUSOS

Lulismo Infantil

Por volta de 1958, menino ainda, doido pra ganhar uns trocados para comprar balas e picolés no Bar Semião, além de poder ir ao Cinema do César Mendes aos domingos para assistir "Tarzan, o Rei das Selvas", ou aos faroestes do Durango Kid, ficava na barbearia do meu pai com a minha caixa de engraxate.


    Um final de  tarde a  UDN do Prata confabulava ao fundo da barbearia. Conversavam Zinho Drumond, Nonô Juca Martins, meu pai e Nonô Lelé. Era ano de eleições municipais. E eu estava sentado no degrau da porta, quando eles deram por fé que eu poderia ter ouvido a conversa deles sobre a política daquele ano, então  pararam de falar. O vereador  Nonô Lelé falou assim:

    _"Oh gente nós estamos conversando aqui, mas tem menino aí e pode tá ouvindo!..."

    Referia-se a mim, certamente  um pouco preocupado, porque eu poderia ter ouvido algo e concluiu:

    _"Este menino não é bobo não, pode falar qualquer coisa depois  !..."

    E eu ouvindo aquilo, passei a mão na minha caixa de engraxate e temeroso falei:

    *"Pai, eu não ouvi nada, não sei de nada e nem tava aqui!..."

    E subi a escada para casa com mil no ponteiro.

AMOR

O único antidoto para a vingança é o perdão. Procure o amor.

VIVA BEM

A melhor vingança é viver bem e cuidar da auto estima.

VIDA ALHEIA

Estando bom para você. . . Melhor para mim.

CARTA DE ALFORRIA

Chegando aos sessenta anos fiz um trato comigo, não peço explicações a ninguém, salvo se a pessoa quiser fazê-lo por livre vontade. Todavia, reservo-me o direito de não dá-las se a minha consciência assim não o exigir. Na verdade evito discutir até o essencial, por qual razão iria brigar pelo acessório?

DOR DE PAI

Tudo vai muito bem quando a injustiça atinge apenas a você. Mas quando estendem-na a seu filho, aí então dói...

AINDA SOBRE A VOLTA DO BAIANO


Edelberto Augusto Gomes Lima O jornal "A Voz do

 Prata" confirma essa história. Só que o Dr. Claudiano

 Drummond na época era advogado no Prata. Depois foi,

 na época em que era nomeado, Promotor de Justiça

 também no Prata. O Philadelfo, dono do hotel, foi a j


uri popular e absolvido, eis que o corpo de jurados

 entendeu ter ele agido em legítima defesa. O jornal cita

 inclusive quem contratou o Baiano para matar o Dr.

 Claudiano, mas quanto a isso prefiro me calar. O Dr.

 Claudiano, juntamente com o Dr. Edelberto, Luiz Pris

co de Braga e padre Antônio Augusto de Barros, teve

 participação ativa na criação do Hospital Nossa Senhora

 das Dores em São Domingos do Prata. O Dr. Edelberto


 foi quem tratou o Dr. Claudiano Drummond de seus

 ferimentos à bala e lhe salvou a vida. O Dr. Claudiano

 Drummond foi um dos grandes protagonistas da

 história de nossa terra na primeira metade do século

 XX.



Sunday, October 21, 2012

REFLEXÃO

Evite que o desejo de justiça transforme-se em vingança.

SIMPLICIDADE

Ser uma pessoa comum não é algo fácil. Todos querem ser ricos, ter fama e poder, ser celebridade. Ser simples é ser feliz, mas poucos sabem disso.

Friday, October 19, 2012

MULHERES PODEROSAS

Filhos podem ser conseguidos em banco de sêmen. Independência significa trabalho. Trabalho significa poder e casamento não é imprescindível.

Wednesday, October 17, 2012

CASOS & CAUSOS

A Volta do Baiano

    Desde criança ouvia meu pai falar da "Volta do Baiano", cheguei a imaginar um filme nacional com Mazzaropi. Recentemente Zé Barbudinho Perdigão  contou-me o seguinte acontecimento:

    "Havia um advogado no Prata chamado Dr. Claudiano, que depois ver a ser Pomotor Público. Na mesma época, o Sô Philadelfo era dono de um Hotel que existia na Rua Antônio Antão Braga, descida para o Lava Pés, onde hoje funciona o Correio do Prata.

     Pois bem, hospedou-se neste  hotel um baiano. Este baiano iniciou amizade com algumas pessoas que gostavam de caçar, e era tido como "bom atirador".

     Dias depois saíram para uma caçada, o Dr. Claudiano, o Sô Philadelfo, o baiano e mais algumas pessoas. Iam à procura de pacas na região do Gandra. Pouco depois das "Palmeiras", em uma curva da estrada, resolveram testar as armas. O Sô Philadelfo andava desconfiado deste baiano. O que ele veio fazer no Prata? Pensava ... Conversa mole, bom de prosa, mas olhar astuto!... Eis, que num repente o baiano aponta a arma para o Dr. Claudiano e atira... mas causa apenas ferimentos. . .  o Sô Philadelfo atira nele e acerta. O baiano rola pelo barranco até ao fundo do pequeno precipício.

    A vigilância, a desconfiança e a inquietude do Sô Philadelfo salvou a vida do Dr. Claudiano. O baiano veio ao Prata com a missão de  matá-lo."
    
    Por esse fato, o lugar é até hoje chamado por "a volta do baiano".

Tuesday, October 16, 2012


ESCOLHA É DIFERENTE DE PROPRIEDADE

Nós não podemos possuir pessoas, podemos possuir coisas. Pessoas são conquistadas.

Monday, October 15, 2012

Nomes de Candidatos a Vereador - 2012

- Caçarola
- Limpinho
- Ana da Sopa
- Evinha da Areia Branca
- Castro Meu Rei
- BRIOZO
- Lecha Paz na Serra
- Parrudo
- Osvaldo Bilisquete
- Zé Biscoito
- Nonô o DIGNÍSSIMO
- CUMPIM
- Leo Padirim
- AMIGÃO
- Marcial Zoião
- DIM Bike
- Boi
- Nigrim do Antenor
- Tonhinho Raucrau
- XUNDA

CASOS & CAUSOS

Deu Bode

    O futebol traz inúmeros casos. Conta-me o nosso amigo Calazans, do Sindicato dos Trabalhadores, que na década de 80, fizeram um quadrangular na Cachoeirama. Veio um time de Monlevade, mais o próprio Cachoeirama e os times do Divino e Quaresma.

    Tarde festiva de domingo, turma animada, as disputas iam acontecendo conforme regulamento previamente combinado entre os clubes. De repente um bode preto e de tamanho avantajado invade o campo. Pelejaram dali, daqui ; pediram a ajuda do Sô Deco, dono do bode, e nada, ninguém conseguia fazer o bode dar um passo. A tarde chegando, escurecendo e o torneio teve que ser suspenso.

    "Deu bode literalmente!..."

CASOS & CAUSOS

Seminário dos Padres

    Na década de 60 o Padre Antônio com o seu fervor religioso fazia escola. Havia um Seminário em Itaúna chamado Nossa Senhora de Fátima, da Congregação do Divino Espírito Santo, dirigido por padres holandeses.

    Um padre desta congregação sempre passava pelo Prata, o Padre José Wetzels, e aí,  alguns meninos foram para lá estudar.

    Éramos um time com reservas, Geraldo e Cizinho de Sô Tacinho, Jurany e Lali de Sô Dodô, Vanderlei e Petrônio de Nô Barbeiro, Zé Afonso de Sô Niquinho, Zé Afonso de Zé de Duca, Padre de Zé Tinduca, Joaquim Afonso de Quito Horta, Chico de João Braga, Tadeu Gandra de Santa Isabel, Pedro e Eduardo de Nonô Juca Martins e outros.

    Pois bem, nesta época,  Sô Afonso Ligório do Barro Branco tinha um filho, o Ildefonso, que pensava em estudar lá em Itaúna também. O Sô Afonso sempre falava isto com meu pai, que sugeriu que ele falasse com o Padre Antônio.

    Tempos depois o Sô Afonso aparece na barbearia de meu pai pra cortar cabelo:

    _ "Oi Sô Nô, quero dar uma aparada...!"
    * "Sente-se Sô Afonso, tudo bem? O que que há de novo ?"
    _ "Ô Sô Nô, conversei com o Padre Antônio como o Senhor recomentou, e meu filho já tá estudando lá  no "Sanatório dos Padres" de Itaúna.

    Meu pai ria a valer quando contava isto.

CASOS & CAUSOS

O Tira Gosto

    No Princípio da década de 70 houve um casamento no Prata ao qual compareceram os mancebos  Lali e Ronildo Pintinho.

    Festa iniciada, os dois em um canto da varanda foram servidos de bebida e o papo rolava  solto. Só que os salgados demoravam um pouco a chegar neles, ou até nem chegavam.

    Atrás da cadeira do Lali havia um vaso de samambaia chorona, como se sabe, folhas grandes e que crescem até encostar ao chão.

    Os dois resolveram a tirar o gosto com as  "folhas"  enquanto os salgados não chegavam.

    Resultado: ao final da festa o vaso de samambaia encontrava-se totalmente "pelado".


    Duvidou? Perguntem aos próprios.

SAUDADE

Saudade tem cheiro de abraço.

RENOVAÇÃO

Quando fracassos se repetem há algo de errado na metodologia usada. Hora de repensar e renovar conceitos e atitudes.

Saturday, October 13, 2012

CASOS & CAUSOS

O Exercício da Diplomacia

    Joaquim Claro Nascimento e Silva tinha nome de embaixador  e de fato era um sujeito de fino trato.  Nos idos de 1970  era uma  espécie  de cônsul  entre as comunidades de Ilhéus, Santa Rita, Teixeiras, São Tomé, ou seja na região que faz divisa com o Município de Dom Silvério.

    Andava a cavalo pra todo lado, levava recado, informava quem tinha o que pra vender ou quem queria comprar. Uma verdadeira "rede social" ambulante da época.

    Certa feita, combinou uma partida de futebol entre o time São Tomé (Município de Dom Silvério) e de Teixeiras (Município do Prata). Primeiro jogaram em Teixeiras, deu um brigão bravo ao final do jogo.  Joaquim tratou de apaziguar os ânimos e conseguiu que as equipes jogassem a "Partida da Paz", desta vez em São Tomé (Dom Silvério).

    Bandeiras e lenços brancos receberam os atletas pratianos, limonada para amenizar o calor, uma moça "muito bonita" com vestido branco rendado, deu o chute inicial.

    Mas não teve jeito, ao final do jogo "o pau comeu na casa de Sinhá" novamente, um brigão feio.

    Joaquim ficou chateado com os fatos e sumiu de cena por um tempo. Quando reapareceu foi inquirido sobre o fato e ele solenemente  deu seu parecer:

    "Isto agora virou uma questão de Governo ! ..."

    Passou a ser conhecido pelo apelido de Governo; e hoje, já mais maduro, virou carinhosamente "Tio Governo".

CASOS & CAUSOS

Rigores da Lei

    Conta-me o Ronio Zé Pintinho que em 1961 e 1962 a disciplina no Ginásio Estadual Marques Afonso era regida sob a batuta do Padre José Martins. Havia pouca diferença de um internato.

    Pois bem, o Clóvis (filho do Sô Hilarino do Correio) fez alguma coisa errada ou deixou de fazer a certa, certo é que julgado e condenado, sem direito ao contraditório, pagou a sua pena da seguinte forma:  

Domingo à tarde, Campo do Lava Pés, jogo do clube Atlético Pratiano, o Clóvis era goleiro, já todo uniformizado, recebe no vestiário a visita do Catedral (Inspetor de alunos do GEMA) com ordem para levá-lo ao Ginásio para duas horas de estudos, pena à qual havia sido condenado, "com trânsito em  julgado", portanto sem direito a recurso.

    O time do Atlético rapidamente teve que providenciar outro goleiro para entrar em campo.

Friday, October 12, 2012

RELACIONAMENTO RESPEITOSO

 Observamos  que na vida não há nada que consiga   irritar mais o nosso próximo  do que o desrespeito pelo que chamamos de alfinetadas ou cutucadas. No mundo de hoje temos  como procedimento não escolher nada para nossos filhos, tentamos  apenas ajudá-los em suas escolhas. Portanto, não há como  sentir-se  bem, quando alguém tenta subtrair o nosso direito intransferível de fazer escolhas, quer seja do ponto de vista social, político, religioso ou de simples simpatia. Com o passar dos anos a gente sente-se já "velho"  para suportar este tipo de invasão de privacidade por quem não tem este direito, pior, sem nenhuma cerimônia.O direito  ao silêncio, ir, vir, e até de não ir ou não vir, bem como fazer ou desfazer não é apenas uma garantia do cidadão, é sobretudo um direito do ser humano. A delicadeza de gestos ou a elegância das palavras é uma cortesia que se impõe. Portanto, quando chegamos a certa idade este tipo de liberalidade não concedemos  " a ninguém  e a nada " . Estamos  em pleno exercício do " jus sperniandi", ou seja do nosso direito de espernear.

 Por fim, calamo-nos , porque a vida já nos  ensinou que conforme as circunstâncias  " falar só se for para melhorar o silêncio".

Conclusão : Evite fazer xixi nas costas de seu próximo,  para depois não ter que desculpar-se  dizendo que está chovendo.

Monday, October 08, 2012

CASOS & CAUSOS

Apimentando a Relação

    Há algum tempo, logo que começou o atendimento em nossa região na área de Psicologia, notava-se uma certa dificuldade para que as pessoas se abrissem com as psicólogas, uma vez que a exposição de fatos ou atos  da vida pessoal,  é algo que todos temem.

    Pois bem, em uma pequena Cidade, como a nossa, uma senhora vai conversar com a psicóloga:

    _ Bom dia doutora !
    * Bom dia minha Senhora ! 

    Inicia-se a conversa, mas é visível a dificuldade de abrir-se por parte da paciente.

    A psicóloga vai encaminhando o diálogo dali, daqui,  e aos poucos consegue perceber que o relacionamento afetivo conjugal da paciente,  não andava lá essas coisas. Cuidadosamente envereda-se por esta área e aos poucos vai conseguindo que a pessoa se solte. Ao final diz :

    * Olha a senhora deve arrumar-se um pouco mais, cuidar-se com mais vaidade, isto faz parte da vida da mulher...

    _ A senhora acha que isto melhora o sexo também?, pergunta  a paciente.

    * Claro, apronte-se para você e para seu marido. Use o provérbio "apimente a relação"!...

    Então a paciente ao sair, vira-se para a psicóloga:

    _ "Doutora!... Posso passar um pouco da 'malagueta' mesmo?"

INTROSPECÇÃO

Tenho cabeça, coração e respeito-me. Sou pessoa de dentro pra fora. Tento compensar a ausência de beleza  com a essência do  meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia.

 Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui  pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexo, sou mistura, sou homem com cara de menino e  vice-versa. 

 Por vezes me perco,  procuro-me  e até  me  acho. E quando necessário,  deixo rolar... Não me dôo pela metade, não sou teu meio amigo nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou bobo, mas não sou burro. Ingênuo, mas não santo. Alguma dificuldade para sorrir e toda facilidade para chorar.

 Êta mundo velho sem porteira  !... 

CONSEQUÊNCIAS

‎"Na natureza não há prêmios nem punições, há apenas consequências." Robert G. Ingersoll

POLÍTICA

O bom politico não faz inimigos. Faz herdeiros.

CASOS & CAUSOS

O Gol

    Há alguns anos houve um jogo entre um time do Prata e de Rio Casca, na zona rural, perto da ponte sobre o Rio Doce, que faz a divisa entre os dois Municípios.

    Campo cheio, moças casadoiras à beira do campo, limonada para refrescar, crianças brincando; todos aguardando a contenda. O jogo começa, a disposição dos jogadores é grande. Termina o primeiro tempo, sem gols. Inicia-se o segundo tempo, e um beque raçudo deu uma espanada que a bola nova foi longe, caiu num riacho e foi embora. Arranjaram uma outra bola, já meio sofrida de tantas bicudas, mas era o jeito para terminar o jogo. Quase ao final, o placar ainda perdurava  0x0 e o juiz apitou um penalty para o time da casa. Zé Pereirinha foi lá,  colocou a bola na marca e mandou brasa.... a bola quando saiu em direção ao gol rebentou a costura, o couro ficou no chão e a câmara de ar entrou no gol adversário... Gol. Gol. Gol...

    Formou-se a confusão, o couro que revestia a bola não entrou no gol, entrou apenas câmara de ar... E o juiz... o que fazer ? A discussão pegou fogo.

    Discute-se dali, fala daqui,  ninguém sabia como resolver, o fato era inédito. O Sô Zé Nacleto, Juiz de Paz, homem experiente, tava na beira do campo e foi chamado. Não entendia nada de futebol ,mas sugeriu que fosse considerado "meio gol".

    Aí o capitão do time visitante perguntou: "mas e o resultado, como fica ?"

    O Juiz de Paz solenemente arbitrou : "meio a zero..."

Friday, October 05, 2012

FILOSOFIA

Muito ajuda quem pouco atrapalha.

Thursday, October 04, 2012

CASOS & CAUSOS

O Ladrão de Galinhas


    Há alguns anos o Prata era pródigo na "caça noturna às galinhas alheias". Virava, mexia,  acontecia uma "galinhada".

    Havia um cidadão que tratava as suas penosas com muito carinho, alimentação bem nutrida; ou seja,  possuía galinhas bem robustas. Virou alvo dos invasores de quintais alheios, em busca de galináceos. Aliás, no início do século passado isto não era um delito, mas sim uma farra.

    Ocorria no fim da Quaresma, sábado de aleluia; o  povo achava que a morte de Cristo eliminava momentaneamente todos os direitos de autoridade e propriedade, o que justificava as invasões que não davam grandes prejuízos.

    Pois bem, o proprietário das galinhas gordas acordou um dia "vítima" dos gatunos noturnos. Não se fez de rogado, foi à Delegacia de Polícia e registrou a sua queixa e ouviu a solene promessa do Delegado: "Submeteria os culpados aos rigores da Lei após minuciosa investigação".

    Passou-se o  tempo e nada de se descobrir quem furtou as galinhas. 

    Um belo dia para surpresa do proprietário das "Cocoricós", ele ficou sabendo que  o próprio Delegado  teria sido o cozinheiro oficial da Galinhada Caipira.

Duvidou? Pergunte ao Lali de Sô Dodô.

CASOS & CAUSOS

Collor e a Poupança

    O pratiano Bené da Cobras era ligado na vida política do país. Tinha o seu Sítio no Prata, mas era comerciante em Monlevade.

    Em 1989 apoiou o " caçador de marajás " Fernando Collor para Presidente da República, o  político que ia vestir os "descamisados" e acabar com a inflação. Pois bem, o Bené gostava de manter uma caderneta de poupança recheada. 


    Chega o dia de posse e o Bené todo feliz. A sala de estar do seu hotel em Monlevade estava cheia de viajantes, moradores fixos e outros assistentes. 


    A cada medida anunciada pelo novo Presidente, ele reafirmava:


    "Num falei com cês que o homem é bruto!... Tão vendo? Ele é bruto!... Ele é duro, ele é bruto!..."


    Porém seu desencanto acabou quando veio a medida de confisco da poupança sob a forma de congelamento, aí ele disse:


    "Aí não uai! Aí cê pegou pesado demais uai!... Aí cê tá bruto demais!... aí não uai ! ... aí não ! .  .  .




PARCERIA

Não ande em minha frente ou atrás de mim. Caminhe ao meu lado, junto comigo.

VÁ A LUTA

Quem espera um pato assado voar em sua boca, fatalmente morrerá de fome.

Wednesday, October 03, 2012

CASOS & CAUSOS

DNA (de Cavalo) à Moda Antiga

    Sô Bené e Sô João eram vizinhos de Sítio. Davam-se muito bem bem até que um cavalo de raça do Bené rebentou a cerca da divisa e cruzou uma égua  do Sô João.

    Criou-se a "pendenga", cada um queria ser dono da cria que nasceu, e o caso foi parar nas mãos do Juiz de Paz da Cidade, que na ocasião era meu pai, Nô Barbeiro. Naquela época o Juiz de Paz tentava resolver estes pequenos conflitos, funcionando como uma espécie de Juízo Arbitral, isto antes da Constituição Federal de 1988. Feita a tentativa de conciliação, não se conseguiu um acordo.

    Dada a palavra às partes, o Sô João, dono da égua, vira-se para o Juiz de Paz  e diz:

    _ " Sô Juiz, comparação: se um cavalo do Senhor pulasse a cerca da divisa   e cruzasse com a minha  égua, de quem seria a cria?"

    Antes que o Juiz de Paz respondesse  qualquer coisa, o Bené, dono do cavalo, perdeu a paciência,  levantou-se e falou:

    *"Seria da puta que o pariu!..."

    Ao que o Sô João então arrematou:

    _ "Então...  pra que nós tamo discutindo, se a cria é da puta que pariu... É minha!... Pois a égua é minha."

Tuesday, October 02, 2012

MUNDO DIGITAL


A cena é comum nos dias de hoje: reuniões sociais e profissionais, nas quais as pessoas ficam grande parte do tempo conectadas aos seus telefones móveis.

Quando chegam aos lugares, vão logo depositando à mesa o acessório e a partir daí, fica dividida a atenção. É um olho no ambiente e outro na tela do aparelho.

Parece até que tem um poder magnético, pois as pessoas são capazes de olhar mais para ele do que umas para as outras.

Estando sozinhos, a impressão que se tem é que o referido instrumento é capaz de fazer companhia ao indivíduo, substituindo a presença física de um amigo.

Quando funcionavam simplesmente como telefones não eram tão invasivos, mas hoje o seu uso está muito ampliado. Na ânsia de nos mantermos conectados com o mundo, por vezes, nos esquecemos de quem está ao nosso lado.

Priorizamos a necessidade de receber uma notícia importante, de enviar ou receber alguma mensagem ou fazer consulta para esclarecer dúvidas.

São os novos hábitos sociais.

Infelizmente, eles partem as pessoas ao meio. Metade do indivíduo fica presente e a outra metade fica ligada ao aparelho e a tudo que ele proporciona.

Temos consciência de que todo progresso tecnológico, quando empregado para o bem, traz alegria e conforto à humanidade.

São muitas as facilidades que essa nova tecnologia nos possibilita e abrir mão delas está fora de questão.

A reflexão é no sentido de utilizá-la da forma mais conveniente, com moderação e respeito aos que nos cercam.
É certo que esses aparelhos, que estão facilmente ao nosso alcance, nos trazem informações necessárias. Mas, devemos ter cuidado para que eles não interfiram em momentos fundamentais aos relacionamentos.

Estejamos atentos à forma como temos utilizado esses recursos.

Não deixemos jamais de valorizar a companhia de quem está ao nosso lado, de olhar nos olhos durante um diálogo, de escutar o outro com atenção, de se fazer presente e curtir o momento em que estamos vivendo essa ou aquela situação.

Procuremos não dar maior importância a esses aparelhos, em detrimento da atenção que possamos oferecer a quem está próximo de nós.

Os momentos passam e não voltam. Todos eles são importantes para fortalecer os vínculos afetivos que existem nos relacionamentos.

As mensagens, pesquisas, informações e tudo mais, muitas vezes, podem esperar.

Qualquer processo de reeducação é sempre mais trabalhoso do que a educação pura e simples, pois implica em deixarmos hábitos enraizados e substituí-los por outros.

Se já nos deixamos levar por esses costumes inadequados, busquemos modificá-los.

Nessa época de tecnologia avançada e de cibernética, trabalhemos em nós mesmos a capacidade de vivenciar integralmente os relacionamentos pessoais.

Busquemos desligarmo-nos do que está distante para valorizarmos e nos ligarmos verdadeiramente em quem está conosco aqui, agora.

Aproveitemos cada minuto com os amores, os afetos. Isso é insubstituível e poderá não se repetir.

Pensemos nisso: o momento é agora, enquanto estão conosco.

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

"CONTEI MEUS ANOS E DESCOBRI QUE TEREI MENOS TEMPO PARA VIVER

 DAQUI PARA A FRENTE DO QUE VIVI ATÉ AGORA.



TENHO MUITO MAIS PASSADO DO QUE FUTURO.



SINTO-ME COMO AQUELE MENINO QUE GANHOU UMA BACIA DE CEREJAS.



AS PRIMEIRAS ELE CHUPOU DISPLICENTE, MAS PERCEBENDO QUE FALTAM 


POUCAS, RÓI O CAROÇO.




JÁ NÃO TENHO TEMPO PARA LIDAR COM MEDIOCRIDADES.



NÃO QUERO ESTAR EM REUNIÕES ONDE DESFILAM EGOS INFLAMADOS.


INQUIETO-ME COM INVEJOSOS TENTANDO DESTRUIR QUEM ELES ADMIRAM, 


COBIÇANDO SEUS LUGARES, TALENTO E SORTE.



JÁ NÃO TENHO TEMPO PARA CONVERSAS INTERMINÁVEIS, PARA DISCUTIR


ASSUNTOS INÚTEIS SOBRE VIDAS ALHEIAS QUE NEM FAZEM PARTE DA 


MINHA.


JÁ NÃO TENHO TEMPO PARA ADMINISTRAR MELINDRES DE PESSOAS QUE,  


APESAR DA IDADE CRONOLÓGICA,  SÃO IMATURAS.


DETESTO FAZER ACAREAÇÃO DE DESAFETOS QUE BRIGARAM PELO 


MAJESTOSO CARGO DE "SECRETÁRIO GERAL DO CORAL"(?).


AS PESSOAS NÃO DEBATEM CONTEÚDO, APENAS OS


RÓTULOS.


MEU TEMPO TORNOU-SE ESCASSO PARA DEBATER RÓTULOS, QUERO A 


ESSÊNCIA, MINHA ALMA TEM PRESSA ....


SEM MUITAS CEREJAS NA BACIA, QUERO VIVER AO LADO DE GENTE HUMANA,


MUITO HUMANA, QUE SABE RIR DOS TROPEÇOS, NÃO SE ENCANTA COM


TRIUNFOS, NÃO SE CONSIDERA ELEITA ANTES DA HORA, NÃO FOGE DE SUA 


MORTALIDADE....


SÓ HÁ QUE CAMINHAR PERTO DE COISAS E PESSOAS DE VERDADE.


O ESSENCIAL FAZ A VIDA VALER A PENA!


E PARA MIM, BASTA O ESSENCIAL!"





Mário de Andrade