Monday, September 26, 2016

ACESSO ASFÁLTICO A SÃO DOMINGOS DO PRATA – UMA CONQUISTA DE UNIÃO POLÍTICA

O SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE

A união política formando uma ARENA forte, coloca São Domingos do Prata no caminho do progresso e do desenvolvimento.

Os antigos chefes dos partidos políticos antes da Revolução, os antigos PSD, PR E UDN, formaram juntos uma ARENA forte. Três mandatos de Prefeitos são passados com candidatura única. Em 1971 e 1972, pela primeira vez, Dr. Antônio Roberto Lopes de Carvalho é eleito com candidatura única, e com presença maciça nas urnas.

Em dois anos Dr. Antônio revolucionou a Cidade, com obras de infra-estrutura, como esgotos, calçamento e o término da Praça Dr. Matheus de Vasconcelos. Foi um governo tranqüilo e de administração. Acabara as épocas da política dos companheiros partidários e o Prefeito pôde governar o Município com um todo, a comunidade de todos os pratianos. Quem foram os artífices dessa grande vitória? Justiça é necessário que se faça a eles: No ex-PSD Geraldo Santiago e Paulino Cícero de Vasconcelos, é claro, representando a todos ex-pessedistas, porque muitos outros participaram ajudando a paz e a união, tais como: Geraldo Cotta, José Onofre, Valter Cotta, Pedro Nicolau, Jair Perdigão, Irmãos Fernandes, Aníbal Vasconcellos, José Domingues Alfié, José Cotta Pena e outros de Ilhéus; o Prof. e Bioquímico Dr.  Guido Motta ( que viria a ser vereador 1971/1972 ), Zizi Lana, entre outros tantos.

Na ex-UDN – que posso dizer misturando com o ex-PR – José de Castro Drumond, José de Castro Perdigão ( Nô Barbeiro ), Paulo Morais, João Batista de Morais, João Pereira da Rocha e Filhos, João Braz Martins Perdigão, José Fortunato, José Viçoso de Araújo, “Pai e Irmãos”, Marinho M. Drumond, Lúcio Monteiro de Oliveira, Dr. Geraldo Quintão, Santos Vasconcelos, Raimundo Domingues “Alfié”, Marinho Drumond, ex-padre Antônio Sebastião Ferreira Barros, José Lemos Sobrinho, José Nazareno Lima, José Xavier Sobrinho e Manuelito Nunes Linhares.

O pratiano acostumou-se com a paz e com o sucesso de uma administração imparcial, voltada para o principal que são as obras públicas. Passados os dois anos, novamente o mesmo grupo consegue levar às urnas um candidato único. Desta vez com mais dificuldades, porque se tratava de Antônio Guido Rolla, quase filho da terra, mas que crescera e se desenvolvera entre os Pratianos, porém nascido em São Tomé, Município de D. Silvério.

Era natural essa dificuldade, mas a força, a vontade e a firmeza com que se portaram Zinho Drumond, Geraldo Santiago e Paulino Cícero, novamente se conseguiu uma candidatura única para Prefeito e, com isso, vieram os frutos : Política unida e Câmara sem oposição.

Lembro-me, ainda, de todos os vereadores que valem ser citados; Ailton Petrônio de Castro, Francisco Drumond, José Onofre, José Viçoso Araújo, Aníbal Vasconcelos, Francisco Rolla Guerra, Alonísio Morais, José Cotta Pena, José Cotta de Oliveira,Valfrido Perdigão, Rômulo Gomes Lima e Adão Bastos. Foram como eu sempre dizia – auxiliares da administração. Quantas saudades tenho do prazer, da satisfação em recebê-los e às suas reivindicações, porque todos sempre vinham com reivindicações comunitárias, dirigidas para os mais necessitados e para interesse comum. A reunião dos vereadores se fazia na maior paz possível, na maior certeza de que qualquer passo que dávamos, seria para o engrandecimento do Prata e do seu povo: “Pelo menos, era esta a intenção”.

A consagração dessa paz e dessa satisfação foi demonstrada ao vivo pelas eleições de deputados em 1974, todas elas comandadas pelos homens que compunham o Poder Municipal, prefeito e vereadores, é claro, recebendo sempre o respaldo e o apoio dos líderes do Diretório da Arena; José de Castro, Geraldo Santiago e Paulino Cícero.

Paulino Cícero, o nosso representante na Câmara Federal com 4.282 votos (no Município), Emílio Gallo – o nosso representante na Assembléia Legislativa, com 2.970 votos.

Com esse quadro pintado muito facilmente podemos dizer que as obras surgiram e muitos que somos impedidos de citar, isso não para vangloriar um prefeito  que sozinho nada faria, mas queremos colocar em evidência o sucesso de uma união total em torno do principal que é o interesse comum.

Foi você – Povo Pratiano – que indo dócil, alegre e confiante às urnas depositaram os seus votos nos seus líderes naturais, dizendo um “não” violento sem o uso da força física mas, sim, pela força do pensamento. Confiantes nos homens que, estão à frente, vocês disseram um “não” às intrigas, às fofocas, aos invejosos, aos que nada fazem senão tentar destruir pela crítica injusta aos que trabalham, aos que dão incessantemente um pouco de si mesmos, porque estão dando um pouco de sua saúde, um pouco de seu convívio feliz em seus lares, em benefício do Prata.

Hoje vamos inaugurar os 9 km de asfalto à BR-262. Esta obra representa a concretização de mais um sonho do povo do Prata. Quantos Pratianos que no passado viveram o trabalho esse sonho! Lembro-me hoje como em 1965, nascia o Lions Club, e com ele, a comissão em prol da BR-262. A comissão era composta de nomes como : José Matheus de Vasconcelos, “Inhô  Gomes ", Gico  Rocha e outros membros  da comunidade,   :  os deputados Paulino Cícero e Geraldo Quintão. Zinho Drumond pela Arena. E daí para cá, unidos, os Pratianos formaram uma trincheira e dela não saíram enquanto não se conseguisse alcançar o objetivo. A fase final começou no primeiro mandato Antônio Roberto – em 1971 – e depois quando o trabalho teve maior fase de desenvolvimento no mandato de Antônio Guido Rolla. Neste mandato, do qual somos participantes, podemos melhor  descrever,  partindo de um princípio que nunca fomos sozinhos e, sim, acompanhados do Presidente da ARENA – Zinho Drumond – Câmara dos Vereadores e os deputados Paulino Cícero, Geraldo Quintão, Emílio Gallo, todas as representações classistas, entidades, Sindicatos, Cooperativas e Ministério Público.

O primeiro grande passo foi dado quando a nossa comissão conseguiu a implantação da estrada de serviço Piedade – São Domingos do Prata. De uma visita memorável ao Dr. Aimoré Dutra – então chefe do 6º Distrito Rodoviário em Minas, ele juntamente com um engenheiro-Chefe das obras, Dr. Afonso Ferreira da Silva, nos dera a grande notícia: a estrada – serviço, ligando a cascalheira do Seara à BR-262, fora autorizda, seguindo o traçado topográfico, já estudado no primeiro mandato do Prefeito Antônio Roberto, ligando Rua 13 – Cabo Verde – Selva - Canjal – Piedade – BR. A nossa comissão que apanhara o fruto estava composta do Dr. Geraldo Quintão – representando também o Dr. Paulino Cícero – José Castro Drumond, presidente da ARENA Municipal, Francisco Drumond, presidente da Câmara dos vereadores e conosco alguns  veradores, o presidente do Sindicato Patronal, João Pereira da Rocha, Presidente da Cooperativa, João Braz Perdigão, a diretora do Colégio D. Auxiliadora Perdigão, Pe. Antônio Sebastião Ferreira Barros e algumas outras representações. Eu, o Prefeito de então, trouxe, uma carta ao engenheiro-residente autorizando o trabalho das máquinas, mas uma condição era posta: - a faixa de 30 metros, usada para a estrada e as benfeitorias atingidas seriam de responsabilidade da Comunidade. A faixa, num trabalho rápido, conseguimos que todos os proprietários assinassem doando 30 m para que por ali passasse a estrada. As casas demolidas na Rua 13 foram todas de responsabilidade da Prefeitura, documentos foram fornecidos aos proprietários, que mudaram para habitações alugadas pela Prefeitura até a reconstrução das suas habitações próprias. Iniciou-se o trabalho, com 300 mil m3 de terraplanagem, foi aberto o trecho. As obras de arte não foram feitas, ou o foram provisoriamente. A Prefeitura assumiu a conservação, colocando cascalho em todo o trecho, permitindo assim o trânsito durante todo o ano. Como se sabe, fora cercado de arame todo o trecho. Muitos não acreditavam no que viam e muitos não acreditavam que ali se colocaria asfalto. Nós e os nossos políticos, tendo o Paulino Cícero como o principal batalhador, não descansávamos. Conseguimos mais um passo quando o Dr. Rondon Pacheco, em outubro de 1974, já se despedindo de seu governo, fora inaugurar o nosso Fórum e, lá no querido Prata Tênis, com um extraordinário discurso prometeu ao público, porque já o havia prometido ao Dr. Paulino Cícero particularmente – o asfaltamento não somente de 9 km, “acesso Pratiano” mas também os 10 km “acesso da BR a Rio Piracicaba”. Foi um delírio. O Prata Tênis Club de pé bateu palmas pela conquista do Deputado Paulino Cícero e Geraldo Quintão e de suas respectivas comunidades : São Domingos do Prata e Rio Piracicaba.

Três dias após a vinda de sua Excelência o Gov. Rondon Pacheco a São Domingos do Prata, chegava a equipe de topografia do “DER” para execução do projeto, de ambos acessos. Assim acontecendo, o Governo Rondon deixou tudo pronto. O projeto só não foi para à concorrência Pública porque o tempo fora mais rápido do que os Engenheiros do DER.

Mas logo após a posse do Exmo. Dr. Aureliano Chaves de Mendonça, novamente em comissão conjunta, política e comunidade batia às portas do Palácio dos Despachos à pedir a Sua Excia. Dr. Aureliano Chaves a concretização de nosso sonho. Na comissão estavam integrados : Prefeito Antônio Guido Rolla, Presidente da ARENA José de Castro Drumond, Vereadores : Ailton Petrônio de Castro ( à epoca Presidente da Câmara Municipal ), Vereador Francisco Drumond, Presidente da Cooperativa  Agropecuária José Alves Xavier Sobrinho, Gerente da Caixa Econômica Estadual Manoel Martins Magalhães, Gerente da Feira do Produtor Pe. Antônio Sebastião Ferreira Barros, Deputados Emílio Gallo e Paulino Cícero comandando a conversa. Entregamos à Sua Excia. o Governador Aureliano Chaves um memorial solicitando o asfaltamento do acesso e como motivação apresentamos o quadro de união e paz de nossa política. E para mantê-la, considerávamos o nosso acesso comum uma necessidade de maior importância. Sua Excia. não negou, mas prometeu que somente daria uma solução após conseguir do Governo Federal recursos financeiros.

Mas o acesso asfáltico de São Domingos do Prata – BR entraria definitivamente no seu plano de 1.000 km de estradas asfaltadas em 4 anos.

Após esta visita, muitos e muitos contatos foram feitos pelo Deputado Paulino Cícero e pela administração municipal, ora com o Governador, ora com os Engenheiros do DER.

Até a inauguração da BR-262, as autoridades atravessariam o nosso município em 45 km, sem poder entrar na cidade. Preparamos então uma manifestação em todo o trecho. Nos trevos de Vargem Linda e de Piedade organizamos uma concentração maior. No trevo da Piedade colocamos uma grande representação e recebemos sua Excia., o Governador Aureliano Chaves juntamente com o Ministro dos Transportes, General Dirceu Nogueira. Fez a saudação o Deputado Paulino Cícero que, como sempre, em brilhante discurso deu o recado do Povo Pratiano, mostrando ao Sr. Governador, ao vivo, a nossa reivindicação. E logo após a sua fala, o Deputado Paulino recebeu um forte abraço de sua Excia. Dr. Aureliano Chaves dizendo : Tranquilize-se Paulino, a sua estrada vai sair”.

E daí para frente não tivemos mais dúvidas, fora rápido, até chegar o dia em que o Dr. Geraldo Pereira da Silva, Diretor Geral do DER assinara o edital de concorrência para o asfaltamento dos trechos BR a São Domingos do Prata e BR a Rio Piracicaba. E hoje estamos felizes vendo realizado o sonho de todos. Parabéns a todos os Pratianos que acreditaram e nos deram, com o seu apoio nas urnas, o voto de confiança, mas que também reportaram bem às autoridades estaduais e federais a força política que esta comunidade representa. Precisamos continuar unidos, não podemos dar ouvidos a bandoleiros e fofoqueiros. Somente unidos em torno de nossa liderança, que eu gostaria de chamar trilogia pensante de nossa política: Zinho Drumond, Geraldo Santiago e Paulino Cícero.

É evidente que outros trabalhos paralelos foram desenvolvidos. É evidente que todos pratianos possuidores de alguma influência junto às autoridades, usando esta influência, nos ajudaram. Não podemos esquecer o apoio que nos deu o Jornalista José Godoy de Castro com o Fórum Econômico, o Atualidades e o Jornal de Monlevade, através de seus prepostos.

Gostaríamos ainda de lembrarmos àqueles que juraram que o nosso asfalto não sairia. Os “São Tomé (s) ” sempre existem. Às vezes são pobres de espírito, mas às vezes até ajudam, pois a uma crítica bem feita, surge sempre uma ação de trabalho bem organizado que nos leva sempre ao sucesso.

(Colaboração de Dr. Antônio Guido Rolla)

JORNAL DE MONLEVADE – Nº 18 – 16 A 30/11/77