Tuesday, June 06, 2017

A JANTA

O Atlético Pratiano teve um time na década de 70 que, além de ser um timaço, era uma turma muito unida e cheia de gozadores, perto deles, "bola fora" não era perdoada. Lembro-me agora de Lali, Geraldo Albeny, Tubarão, Betinho, João Gualberto, Santo Antônio, Gerson Castorino, Chico Preto, João Eustáquio, Fu e outros.

O Clube havia disputado um torneio, não sei precisar bem se em Nova Era ou Monlevade, e foram campeões. O Sô Waldemar Rolla (pai do Plininho), à época, era dono da Fazenda do Julião; além de ter sido jogador do Pratiano ou do clube que o antecedeu, além de fanático torcedor, era também tio do Evandro Rolla, que era tudo no Clube : Presidente, técnico, ex-jogador, enfim o "faz-tudo".


Pois bem, Sô Waldemar convidou aos jogadores para um jantar que seria na Fazenda do Julião, próxima à Cidade. Na fazenda, Ele criava porcos e havia uma construção imensa, em horizontal,  próxima à casa- sede. Naquela época, os porcos eram alimentados com restos de comida. Tudo era aproveitado, ninguém comprava ração para porcos e a carne, talvez devido aquele tipo de alimentação natural, era indiscutivelmente mais saborosa do que aquela que hoje vamos comprar ao supermercado.


Ao entardecer a turma foi chegando devagar, e o nosso amigo "Tubia" não faltava a nada, aliás de quando em vez, lá estava Ele a servir ao time como massagista, além de jogador do  'Cascudo ' ( segundo quadro ou reservas). Alguns dos jogadores e convidados foram caminhando em direção ao extenso "chiqueiro" da fazenda; dentre eles o "Pelezinho"  ( lateral direito aplicado )puxou a fila; e ao chegar deparou-se com uma porca tão gorda que mal podia andar, e entre assustado e surpreso, saiu-se com esta:

- "Oia lá! Oia esta porca Lali, que 'brutona', se eu cumê uma porca dessa, eu num guento nem jantá".